quinta-feira, 17 de maio de 2018

NOITE


Orlando Falcão
NOITE

No silêncio frio da noite
há momentos de serenidade,
o último passarito apaziguado
solta o derradeiro trinado
recolhendo-se no ramo
da árvore mais alta.
Vestido de nevoeiro e segredos
o escuro poisa em tudo,
entra pelos trincos da porta
inspirando alguns poetas.
As palpebras sobem e descem,
o sono não chega,
maldita insónia
engolida num copo de água fria.
Com algum custo
espremem-se as palavras
nasce de repelão
mais este poema.

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