quarta-feira, 12 de fevereiro de 2020

DESPERTAR


Gilberto Lopes
DESPERTAR   

O desenho da luz
do nascer do dia
marcou as janelas
da sala de jantar.
Iluminou-se toda
como se estivessemos
numa cidade sem noite:
Paris .
O sol marcava
o romper da aurora,
a jornada que começava.
Cada um escapuliu-se
para o trabalho
que lhe era destinado:
estudar ou labutar,
a mãe dizia: é preciso trabalhar.
De repente o céu
Pintou-se de nuvens,
borrasca anunciada ?
o vento frio incomodava,
procuram-se agasalhos.
Cuidado com as correntes de ar,
pedia a minha avó velhinha.
Depois voltava o silêncio
àquela casa,
cortado pelo cantar do galo
e pelo gato que miava.



Sem comentários:

Enviar um comentário