terça-feira, 3 de novembro de 2015

UMA TARDE OUTONAL


Collado
UMA TARDE OUTONAL  

Sentada está e triste
no banco do jardim.
Um músico de rua
toca uma melodia
antiga,
nostálgica e decadente
sem grande plateia.
Os ramos das árvores
ondulam
ao sabor do vento agreste.
Revolteiam as folhas
de cor térrea.
Uma criança agasalhada
dança
entre as estátuas
e o músico.
O crepúsculo avizinha-se
junto ao mar.
Tão perto e tão longe
que não sei se existe.
Cessa este quadro Outonal
quando se levanta a Lina
e toma um café quente
no café Piolho

ali defronte.

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