terça-feira, 17 de novembro de 2015

SENTIR A CIDADE

António Bártolo

SENTIR A CIDADE

A praça da Liberdade
não deixou de ser praça
apesar de perder a graça
de uma praça de província,
com árvores, bancos,
sombras e velhos.
Sem velhos não há praças
que mereçam o nome.
Quiseram-na modernaça
ao estilo da Europa Central,
figurando grandes espaços,
quando nos caracteriza
a pequenez.
Hoje tem poucas árvores,
poucas sombras,
poucos bancos,
poucos velhos,

poucas memórias.

Sem comentários:

Enviar um comentário