sexta-feira, 4 de dezembro de 2015

DIA A DIA DE UM CIDADÃO COMUM

Collado

DIA A DIA DE UM CIDADÃO COMUM  

Acordar, levantar
fazer uma torrada apressada
engolir um café quente,
pegar na mochila,
bater a porta com força,
atazanar os ouvidos da vizinha
que se irrita com barulhos.
Não recorda a noite passada,
toma o metro,
azeda a conversa
sobre política
sem critério,
Senta-se na secretária,
alinha os dossiers
de números exactos.
Ao meio dia
come uma sandes,
bebe um expresso
de uma máquina pouco fiável.
Pelo fim da tarde
olha o relógio herdado,
sente o frio que se pôs.
Chega a casa transido, cansado,
aquece a pizza no forno,
risca no calendário as horas mortas,
pega na viola
cria uma nova melodia,

a noite aquece, a lua adormece.

Sem comentários:

Enviar um comentário