quinta-feira, 14 de agosto de 2014

UMA CONVERSA APRAZADA

Collado
UMA CONVERSA APRAZADA

Queria tanto
conversar contigo
com palavras cuidadas,
tu entendias-me,
eu ficava perplexa
com a clareza
do verbo que produzia!
Pedia-te perdão
de tudo o que não declarei,
o quanto te amava,
as alegrias repartidas,
as refeições programadas,
as noites calorosas,
os Verões amansados!
Fico contente agora
se estiveres contente
com esta confissão tardia,
com o aroma do nosso jardim,
com a calma do sítio onde morámos!
Somos nós,
com as lágrimas,
os suores,
as infusões, os licores,
os abraços, os arrufos,
a lua a descair no nosso colo!

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