quarta-feira, 13 de julho de 2016

A LUA SOLIDÁRIA

Collado

A LUA SOLIDÁRIA   

A lua baixa
em rodopios frenéticos
ficando parada
junto à soleira da casa.
Depois do corre corre,
a quietude do dia projecta-se
numa luz obliqua,
reformula-se,
inunda todos os cantos.
Por detrás das cortinas,
no recôndito da sala,
o avô senta ao colo o neto
e conta-lhe histórias,
vidas da família ficcionadas.
Na mesa um copo, uma malga,
uma colher, uma faca,
uma garfo, um guardanapo,
serve-se a refeição,
a lua recolhe-se.

Sem comentários:

Enviar um comentário