sexta-feira, 20 de setembro de 2013

UMA MANHÃ DE FÉRIAS


UMA MANHÃ DE FÉRIAS

Todos os dias pela manhã,
depois de acordar
com a persiana a bater
no vidro da janela
do quarto,
abro a vidraça
e vejo o mar!
Com gestos lentos
espremo duas laranjas
para um copo redondo
e acrescento gelo!
Corto finamente
uma fatia de pão caseiro
e barro-a
com uma compota de laranja
azeda!
Encho uma meia chávena
almoçadeira
de café com um pingo de leite!
É na varanda grande
de um quarto pequeno
que me alimento
embalada
pela brisa matinal!
Ali, tudo acontece
revendo tantos anos
que passaram,
os gestos quotidianos
quantos sem sentido
e os que inovaram,
revolucionando a vida,
o questionar da existência,
o interrogar se Deus protege
ou protesta a sua ausência!

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