terça-feira, 9 de abril de 2019

AS POMBAS

José Gonçalez Collado
AS POMBAS

As pombas
pintadas de tom cinza,
nas suas casas de árvore,
resguardadas,
esperam que a chuva amaine
para poder contra o sol
bater as asas.
Sentada no café,
a temperatura amena,
não sei se quero ser eu
ou o bando de aves
com liberdade plena.
Estar, partir,
conforme a estação do ano.
Rolo a caneta
no tampo da mesa,
mordo o croissant
demasiado amanteigado.
O dia a ficar com sentido,
um poema novo
vestido de Primavera,
 morangos lavados
ao lado.

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