terça-feira, 9 de junho de 2015

FIM DE TARDE

António Palolo

FIM DE TARDE

Estavas sentado no muro velho
musguento e negro,
esperavas-me certamente,
tiraste do alforge o vinho fino,
no côncavo da tua mão
pousei a boca,
sorvendo a doçura da vindima.
Estreitas-me contra o teu peito,
bati apressado no teu coração
pedindo licença para ficar.

Sem comentários:

Enviar um comentário