quarta-feira, 3 de setembro de 2014

ÀS VEZES

Carmen Calviño
ÀS VEZES

Às vezes a quietude do dia
é só um intervalo
entre o vento e a tempestade!
Queremos a todo o custo
bonança,
não gostámos de ondas
alterosas,
às vezes recebemos um tsunami!
O silêncio inquietante
que se faz na cidade
lembra algo sinistro,
 factos sem explicação!
Às vezes a quietude
é uma guerra sem armas,
um campo de futebol
sem baliza,
o sol que fenece,
perdão que não redime!
A dignidade está acima
do medo,da morte,
da sorte que outros
nos destinam!
Temos pernas para correr,
boca para gritar,
mãos para agarrar
o que nos pertence por direito,
e que muitas vezes
passa uma só vez à nossa porta!

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