quarta-feira, 25 de novembro de 2015

POESIA SEMPRE

Collado

POESIA SEMPRE

A poesia para nada serve,
não é objecto de troca,
não se vende, não se compra,
nisso está o seu fascínio.
É como uma prenda
que se guarda
nas memórias do futuro.
Espreita todas as coisas,
as vidas de todos nós,
esmiúça, fere,
agradece, festeja,
é obscena, etérea,
promiscua, divina.
Segue o seu caminho
de olhos abertos,
formosa, vaidosa,
pedinte, andrajosa
até que as tertúlias
dos poetas

a eternizem.

Sem comentários:

Enviar um comentário