A poesia para
nada serve,
não é objecto de
troca,
não se vende,
não se compra,
nisso está o seu
fascínio.
É como uma
prenda
que se guarda
nas memórias do
futuro.
Espreita todas
as coisas,
as vidas de
todos nós,
esmiúça, fere,
agradece, festeja,
é obscena,
etérea,
promiscua,
divina.
Segue o seu
caminho
de olhos abertos,
formosa, vaidosa,
pedinte,
andrajosa
até que as tertúlias
dos poetas
a eternizem.
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