Estou com dores
de cabeça,
desligo a
televisão,
instala-se o
silêncio,
de súbito,
um automóvel
pára,
na rua
vergastada pela chuva.
A chuva não tem intermitências,
seguro a cortina,
de revés
espreito pela janela.
Um par seródio
de namorados
fora de época,
recosta os
bancos,
esquece o
temporal
e amam-se,
mesmo ao pé da
porta
deste recatado bairro.
Volto para
dentro,
conecto o canal Hollywood,
fita por fita
prefiro a do
ecrã
no quente da
minha sala.
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