quarta-feira, 29 de junho de 2016

MANHÃ DE SÁBADO

COLLADO

MANHÃ DE SÁBADO

Era  um sábado enevoado.
Vesti a camisola azul,
calcei as sabrinas marfim,
servi-me da vaidade precisa
para me maquilhar a preceito,
sento-me no café Majestic,
espaço mágico da arte Deco,
liberto-me do dia a dia
e inventei mais um poema
O vento Norte sopra
rasgando velas, empurrando navios,
a vontade é forte
de entrar no convés e partir.
A cidade tem muitos becos,
postigos, alçapões,
segredos, punções.
aperta, sufoca.
Deixemos o que circunda a casa,
a casa propriamente dita,
os pertences, as memórias,
inventemos novas histórias
no mundo grande, imenso,
esperando por nós.

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