Deixa no ar um
cheiro estival,
requebros
sensuais no balançar
um sorriso leve,
branco,
Nascida no mesmo
ventre
das manas
Francisca e Ana,
só ela é capaz
de iniciar no
silêncio total
a conversa que
interessa
a toda a gente.
Não tem tempo
para errar,
os seus dias são
um carrossel
atados com fio
de cordel
a uma vida
dividida
entre o dever e
o prazer.
Retorcida não se
verga,
não ajoelha, não
se confessa,
não divide a
alma
em amores
rasteiros.
O Pedro, ah o
Pedro,
com falinhas
mansas
e muitos jogos
de dança,
fê-la desejar
que o tempo
parasse.
Foi fugaz o
lampejo,
resistiu sem
alarde,
o desfecho só o
soube
o papel do seu
diário.
Um risco de dor,
persistente
cinzelado por
duas mãos
no seu frágil
coração.
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