quinta-feira, 9 de junho de 2016

CHORO SENTIDO

Collado

CHORO SENTIDO

Chora no paredão
enegrecido e húmido,
as ondas alterosas
salpicam-lhe o rosto
escondendo as lágrimas
fortuitas.
Perdeu o último amor,
havia perdido outros,
sempre foi doloroso,
desta vez foi triste.
Bate o coração, porém.
Perdem-se os amigos,
perde-se a família.
perde-se o tempo,
resta a poesia.
Cura as feridas,
suporta desaforos,
à noite de mansinho
inundam a cabeça
novos poemas.
Serena o corpo,

o sono desce.

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