PÉROLAS A
PORCOS
Ofereci-te
sem razão
aparente
um coração de filigrana,
comprado
numa ourivesaria
improvisada,
plantada numa
cave
da parte velha
da cidade.
Demorei uma
semana
a namorá-lo,
meio ano a
poupar
para to comprar.
Em ânsias
só queria vê-lo
pendurado no teu pescoço
de gazela.
Combinamos uma
saída,
supostamente
alegre,
disseste que a
jóia
era grande,
dava nas vistas.
Tens razão
o tamanho do meu
amor
não cabe
no teu pequeno
peito.
O mundo que
inventei
é só meu
as cores
que lhe deste
não existem.
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