Cheiras de longe
o baile do ano.
Ficaste às
aranhas, choravas,
cheguei
montado na mota
velha,
ajoelhei-me
devoto
concertei como
pode
o teu chinelo
encarnado.
Tu disseste:
que bom teres
aparecido.
Ergui-me como um
pavão,
mostrei os
músculos trabalhados,
abracei-te forte,
ofereci-me para
tua companhia.
Não te faltei,
não me faltaste,
voava o teu
cabelo farto,
contra o vento,
contra a pressa
de chegarmos.
Tudo ardeu em
lume brando
na pista de
dança
improvisada,
até nos
transformarmos
em coloridas
borboletas.
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