terça-feira, 15 de setembro de 2015

UM OUTONO DIFERENTE


Cavalcanti
UM OUTONO DIFERENTE

Quando a Rita
passeava pela cidade
num jardim junto da marginal,
o Outono parou,
para não a incomodar,
apesar da beleza
das folhas caídas no chão.
Sabe bem um café quente
na esplanada mal iluminada,
uma luz bruxeleante
atravessa a mesa
e fixa-se no papel
onde escreve um poema.
Tem que se apressar
antes que mude a hora
e o Outono se esvaia
no por do sol do tempo.

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