Tenho saudades
de quando éramos
namorados,
nada era ridículo,
nem os beijos
apaixonados
nos velhos
jardins da cidade,
o dinheiro contado
para o café e
bolo,
o passeio dos
tristes
até à Foz
começando ao
lado do rio,
ora de eléctrico,
ora a pé
consoante as
posses,
as cartas extensas,
autênticos
estados de alma.
Não havia
telemóvel,
internet,
era preciso
saber escrever.
Meninos e
adultos
simultaneamente
confusos
vendo o sol
caindo devagar
no extenso mar à
nossa frente.
O frio não
enregelava,
as flores não se
ofereciam
estavam dentro
de nós.
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