Preciso de tudo
para viver:
do café amargo
tomado de manhã,
das manchetes
dos jornais
com notícias
escaldantes,
da caminhada
pela vida
da cidade,
do momento de
pensar
poesia.
Onde me dispo,
onde vocifero,
onde arreganho a
dentuça
que por ora é
minha.
O meu coração
ainda sente:
no mundo cabemos
todos.
As florestas têm
tantas árvores,
os rios levam
tanta água,
as terras
produzem todos os anos.
Somos de cor
diferente,
temos diferentes
credos,
mas alimentamo-nos,
amámos,
sofremos
igualmente.
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