Suportámos, mais
uma vez,
este tempo de inércia
absoluta,
açaimadas,
calados,
fazemos do medo
o guião que nos
leva.
Resultaram inúteis
os sonhos,
as promessas, as
preces,
as bocas
aloquetadas.
Meus
companheiros de viagem,
os olhos
deixaram de chorar,
o trabalho é
maquinal,
não se corre
para o jardim,
cada fim de
tarde iluminado,
discutindo o
futuro,
bebendo uma
cerveja gelada.
Pasmados, enredados.
numa espera
angustiante,
não importa a
luta
quando a alma se
acorrenta
à barbárie de
concordarmos
que os números
valem mais que
as pessoas.
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