Passa na rua
o Luís apressado,
não existe
trânsito,
não existem
pessoas,
a cidade parou,
o Luís silenciou,
olhou o céu
possivelmente
à procura de um fenómeno,
uma aurora
boreal.
De resto, a
cidade
continua igual,
os mesmos
prédios
estruturados no
século XVIII,
no século XIX,
as mesmas ruas
estreitas,
o comboio
partindo,
o cego pedindo
numa esquina de
S. Bento.
Fora este
interregno,
há barulho,
confusão,
os turistas a
achar
tudo o que é de
ver,
o sapato cansado
a calcar as
pedras gastas,
o trabalho, o ar
marítimo,
o rio a acenar
querendo deitar-se
no mar.
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