Acordar,
levantar
fazer uma
torrada apressada
engolir um café
quente,
pegar na mochila,
bater a porta
com força,
atazanar os
ouvidos da vizinha
que se irrita
com barulhos.
Não recorda a
noite passada,
toma o metro,
azeda a conversa
sobre política
sem critério,
Senta-se na
secretária,
alinha os
dossiers
de números
exactos.
Ao meio dia
come uma sandes,
bebe um expresso
de uma máquina
pouco fiável.
Pelo fim da
tarde
olha o relógio
herdado,
sente o frio que
se pôs.
Chega a casa
transido, cansado,
aquece a pizza
no forno,
risca no
calendário as horas mortas,
pega na viola
cria uma nova
melodia,
a noite aquece,
a lua adormece.
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