O Outono
aparece,
pé a pé,
sem dar nas
vistas.
Fecho os olhos,
sinto só o
nevoeiro,
a chuva a
escorrer na vidraça.
No fim da rua
cinzenta
grita a Rosalina
preta:
«quentes e boas»
são de qualidade,
são da Pradela.
Os turistas
curiosos,
compram à dezena
e fotografam o
carro
embrulhado em
fuligem
e calor de brasa.
O vento anuncia
tempestade,
teremos cheias
ou podemos
dormir sossegados?
Esta deambulação
foi cortada
pelo meu
estúpido vizinho,
cana rachada,
a cantar ópera.
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