Atravesso este
rio,
as margens
brilham
com os últimos
raios de luz.
As velas já não
navegam,
são reclames
vibrantes
do vinho
generoso,
arrancado às
rochas firmes
do Alto Douro.
As gaivotas em
largada
revoltantes
querem a derradeira
refeição.
Os bares
ruidosos
servem shots
a seguir a shots,
à rapaziada do
leste,
à rapaziada do
norte.
Há sombras no
cais,
ouvem-se os
últimos ais
dos amantes
furtivos.
Um velho navio
solta-se do lodo,
zarpa do porto
e parte à
procura do futuro.
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