A manhã
amanheceu fria,
o nevoeiro
aconchega as
ventanas
na cidade antiga.
A menina
florista
acorda de
madrugada
e leva na
motoreta
ramos de rosas e
lírios
até ao velho
mercado.
Aconchega o cachecol,
antes de abancar
toma um café
quente
e trinca um
pastel de nata.
As encomendas do
dia
estão em papel
pardo,
enfiadas num
prego enferrujado.
Tira da gaveta
laços,
papéis de celofane
colorida,
torce os dedos
entre as flores e a criatividade.
Sai um bouquet de aniversário,
Sai um bouquet de aniversário,
vinte cravos vermelhos
e uma rosa
amarela,
uma
extravagância
do rapazinho
magrinho
do quiosque do
lado,
pela primeira
vez enamorado.
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