Fechado na sua
casa pequena,
dedilhando a
toda a hora a guitarra,
compondo
em cima da
composição
de ontem,
esquece-se de
comer,
esquece-se de
viver,
esquece-se de se interligar.
A sua vontade de
criar
é maior que a sua rua,
a sua cidade, o
seu país.
Na sala acanhada
só ele cabe,
só cabe a
guitarra,
despido de tudo,
toca,
dó de dor sol desvanecido.
Não lê jornais,
não tem
televisão,
nem sequer se
apercebe
estar em tempo
de eleições.
Expõe-se na
pauta
em notas
entrelaçadas,
a melodia nasce,
esvai-se o homem.
Sem comentários:
Enviar um comentário