Collado
PAISAGEM MATINAL
Cada manhã,
debaixo da janela aberta
do quarto a nascente,
o riacho Oana
marulha sem cessar.
Os limos verdes
pendem sobre as margens.
os peixes dourados
esgueiram-se aos anzóis
aproveitando
a boleia da corrente.
O céu plúmbeo
anuncia chuva,
lava o rio, leva as mágoas.
O moínho velho
pouco labuta,
de longe a longe
moí um saco de milho.
Neste bucólico lugar
escrevo à tardinha
no meu caderno de linhas
mais uns poemas.
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