Isolino Vaz
MEMÓRIAS
Tão distante
o meu avô paterno
anafado, grande,
no leito deitado
As velhas da família
chegando-se,
pratos de aletria,
leite creme,
pousados na mesa
de cabeceira.
Para meu espanto
o dedo do meu avô
indicava
que eu sua neta
comesse as iguarias.
É a minha lembrança
dele,
depois desapareceu.
A família agastada
de luto vestida,
lágrimas, flores,
um retrato na parede
tocando violão,
ficou-me dele
o seu fim,
para toda a vida.
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