O
meu pomar
não
tem damascos,
preguiçosas
as árvores
dão
ano sim, ano não,
deixando-me
neste
desconsolo,
só
aliviado
para
o ano que vem.
Tem
ameixas, pêssegos,
cerejas,
maçãs e peras
amaciando
a canícula
do
Verão.
O
fogo do calor
varre
tudo,
amadurecem
os frutos
de
uma assentada.
Ponho
a chaleira ao lume,
um
chá de lúcia lima
refresca
mais
que
uma golada
de
água gelada.
As
palavras brotam
amontoadas,
como
as framboeasa
sobrepostas
num
prato raso,
vai nascer mais um poema.
Sem comentários:
Enviar um comentário