Molina
O MEU TRISAVÔ
FERREIRO
Na cave um
alambique,
o fedor a
aguardente
espremida e
embalada.
Os dedos
arqueados
do trisavô
António,
vergado pelo
poder
do martelo e da
bigorna.
O mata bicho
era ali à bica,
subindo à
oficina
já não sentia
o calor da
fornalha.
Alinhava
enxadas,
foucinhas,
gadanhos,
arados e
grelhas.
E assim levava a
vida
e sustentava
tanta filharada.
Ao domingo fazia
a barba,
penteava e
encerava o bigode,
vestia o fato
preto
e pedia a deus
perdão dos pecados.
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