Sobrevive-se
nesta aldeia
agreste
a norte de
Portugal.
Por instinto,
por teimosia,
recomeça-se a
vida
cada dia.
O solo é duro,
seco,
trata-se a vinha,
limpa-se a
amendoeira.
O governo em
Lisboa
assobia para o
lado,
não há
investimento
nem rasgo
para fazer deste
interior
um lugar sagrado.
Os cães ladram
muito
são solidários,
na partilha da
comida.
Escorraçam-se os
atrevidos
querendo de
graça
o pão suado.
Respira-se ar
puro,
o futuro é
incerto,
quem cá fica
está entre a
burrice
e a vontade
irrefreável
de fazer da
serra
o paraíso.
Sem comentários:
Enviar um comentário