José Gonzaléz Collado
ESCOLA PRIMÁRIA
Aquela escola primária
sem o ser,
casa alugada
com quartos, sala,
cozinha e privado.
O quadro negro de lousa
ocupava a parede
mais larga.
À quarta feira
pendurava-se o mapa
de Portugal,
e viajava-se.
Cantavam-se as linhas
férreas,
batendo cadentemente
palmas.
Com pioneses coloridos
assinalavam-se os rios,
afluentes e subafluentes.
À sexta contava-se
o hino nacional
e beijava-se a bandeira.
As contas faziam-se
usando os dedos.
Venerava-se todos os dias
a professora esguia
como se fosse a nossa mãe
ou uma estrela guia.
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