José Gonzaléz Collado
UM LIVRO
Amontoado de páginas
lavradas em silêncio,
antes de o abrirmos
é o escritor e a gráfica.
Cheira a tinta,
a ideias trabalhadas
ao que existe
ao que foi inventado.
Tem voz, sentimentos,
leva-nos pela mão
a limpar a caverna
dos medos, do escuro.
Explode em enredos
encrespados,
em corpos suados,
em tardes de estio roxas
esperando a merenda.
Amigo de horas vazias
ouvindo em conjunto
o bater do relógio,
o afugentar das mágoas,
a toma do café
salpicando as bolachas
crocantes
de gengibre e manga.
Braço dado na, madrugada
ensonados, esfregando os olhos
lendo ainda mais um capítulo.
Sem comentários:
Enviar um comentário