Mário Couto
UM ABRAÇO
O abraço é breve
sem razão, sem
porquê,
pássaro correndo
contra o vento,
mão semeando
pensamento
transitivo
no asfalto da
cidade.
Na cabeça um
vazio
contrapondo-se
ao rio
sabendo ao certo
o caminho
na direcção da
foz.
Canto nostálgico
das gaivotas
imperiais
pousando
firmemente
no capot d e um carro
donde se vê o
casario
do outro lado da
marginal.
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