José Gonzaléz Collado
INFÂNCIA E VERÃO
Nas tardes de
Agosto
havia calor de
mais,
saíamos na
frescura da manhã
a percorrer os
campos
de centeio e
papoilas.
A seara ondulava
e arranhava as
pernas desnudas
ao de leve.
Subíamos o
telhado
da casa da eira
lambuzando a
cara
de pêros
maduros.
As amoras
ficavam para depois,
negras, sedosas,
apanhadas pela
fresca
e guardadas pela
minha mãe
em compotas etiquetadas.
O ribeiro da
aldeia
cumprindo a sua
missão
refrescava os
corpos suados,
pondo fim às
traquinices
da crinçada
desocupada
nas férias de
verão.
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