Penso o meu
poema
no tempo
que não sinto
meu.
Cada verso é um
impulso
neste meu
defeito confesso
de querer salvar
o mundo.
Nem hipóteses me
dão
de começar a
tarefa,
quem te manda
ati meter-te
em seara e foice
alheia ,
fala antes por
falar
de flores, de
frutos, de vendavais.
Tranca as
estrofes,
guarda-as a sete
chaves
na mesa de
cabeceira,
esperando que um
dia
alguém lhes
preste atenção,
alguém os leia.
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