O rio correndo
sempre no mesmo leito,
águas revoltas
sem parar,
a caminho da foz,
entrando no mar.
As margens
comprimem-no
até ao Inverno
que o faz galgar
muros e pontões
Invade a
velhinha Miragaia
antigo poiso
de bêbados e
pescadores.
Na infinitude da
água
perco-me no meu
finito,
quero chegar a
qualquer lugar,
o tempo é
pouco,
é preciso fazer
a coisa certa.
Cismando,
agarrada às
margens,
à cidade
telúrica
de burgueses e
poetas.
antes de partir
num navio
em redor do
mundo
para me
conquistar de novo.
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