Chegámos
depressa aqui
a vida não
correu, voou,
olhámos a incerteza
do mundo,
do país,
a janela da sala
já não é uma
janela aberta
é uma fresta por
onde entra ar,
pouco,
é difícil
respirar.
Lá fora, as
folhas caem,
a água da
intempérie
rompe as margens
dos ribeiros.
Frio, chuva.
Dizem os
noticiários
que a austeridade
é para continuar,
mandam os donos
do mundo,
ditam os
senhores de Bruxelas.
Enrodilhámo-nos
nas mantas,
sentimos nos
ossos,
o quente do
crepitar da lareira.
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