terça-feira, 23 de fevereiro de 2016

JANEIRO

José Gonzalez Collado

JANEIRO  

Do Natal ficou um arranjo
de azevinho e bolas coloridas
ainda não guardado.
No meio de tanta azáfama
não houve tempo,
não houve espaço.
Não tarda nada a criançada
revolverá os baús
procurando
roupa carnavalesca.
Comprar-se-á
nas catedrais do consumo
confetis e serpentinas.
De segunda rolarão as amêndoas
de chocolate, francesas, de licor
em caixinhas enfeitadas com amor.
As previsões anunciam  um Verão
quente,
a praia, a água de coco,
o guarda sol a lancheira,
as filas para estacionar,
horas a tostar.
E o Natal,
ah, o Natal,
o pinheiro, as fitas,
emoções de supetão,
o ciclo a completar-se.

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