O dia ia
surgindo,
insípido,
de mansinho.
O marasmo
era mais um
elemento do dia
como ontem e
anteontem.
E se hoje
acontecesse
algo de
extraordinário?
Sentado no café
do costume,
numa das ruas
centrais
da cidade,
olhava em volta.
Naquela
geografia
do quarteirão
familiar
nada de vozes
alteradas,
os bêbados, os tripeiros,
não manifestavam
comportamentos a
criticar.
Do nada, surge
uma rapariga,
obliqua,
com o cabelo
rapado de lado,
de boca escancarada
beija o namorado.
O ruído de fundo
do café parou
em uníssimo
todos os
clientes sorriram
e bateram palmas.
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