Puxo pela
memória
mas não me
lembro
do dia em que
nasci!
Não sei se era
dia
de vento ou de
chuva,
se houve um
presságio
ou outro acto
mágico
para me prender
à terra mãe!
Este
desassossego
não sei de quem
o herdei
nem as mil caras
que visto
para poder
sobreviver!
Espreito pelo
postigo
e só vejo trigo
duro,
sem adubo, nem
tempero,
o que se dá ao
cerdo
para engordar!
A brisa do vento
Norte
traz o odor de coentros
do quintal da
minha avô!
Sigo o olfacto,
faço umas migas
perfumados
para me
alimentar!
Esqueci o dia e
a hora
em que me pariu
minha mãe
e como com
agrado
esta refeição
simples
e assim poder
continuar!
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