Todas as noites
infalivelmente
percorre o
caminho estreito
desde a sua casa
até à tasca.
Senta-se ao
balcão,
olhos nos olhos
do tasqueiro,
pede,
copos cheios de
vinho tinto.
De cada vez que
esvazia o copo
dá um estalido
de satisfação
e pede com
sofreguidão
mais outro e
outro.
Ao fim de duas
horas,
com dificuldade
levanta-se,
as pernas
arqueiam,
segura-se às
paredes,
depois de alguma
tertúlia
atina com a
porta da saída.
Chega sempre a
casa
pelo mesmo
caminho
demorando o
preço preciso.
É um ritual
diário
neste matar a
dor
mais
forte que o vinho.
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