Vou retirar da
gaveta
aquela caneta
envolta
em fios de
memória!
Vai partilhar
momentos
de glória,
passos de dança
ao som de blues,
as gaivotas
ruidosas
girando em torno
de nós
na areia molhada
da praia
de Lavadores!
A raiva sustida
em noites de lua
cheia
iluminando o
quarto vazio,
as sestas
dolentes,
o calor do verão
em Agosto,
as ilhas
misteriosas
por acontecer!
O riso
cristalino da nascente,
a minha alma
magoada,
o amor que
deslizou!
O calor da lareira
a crepitar,
os desejos
exactos, expectantes,
a vida a
respirar!
A colheita de
lírios
em manhãs
frescas,
colocados em
cestas de palha,
esperar por ti
em esquinas de
nevoeiro
com um grande
letreiro de néon:
podes entrar!
O aperto no
peito
descendo a asa
do veleiro
que navega sem
navegar!
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