Victor Silva Barros
POEMA 1
Cada casa suas histórias
penduradas nas memórias.
Fechadas com a morte
continuam vivas
enquanto duram os que
a habitaram.
Depois ficam os fantasmas
a espreitar as novas vidas
e felizes se forem
melhores que as suas.
POEMA 2
Subo a escadaria,
cansada,
antes de entrar em casa.
Até quando?
Nada me impede,
nem gente, nem bicho.
Construída num alto
permite um melhor respirar.
Apenas isso,
pois o resto é solidão.
POEMA 3
Queria a Lua
e não
gente a caminhar
em vez de pensar,
um poema contigo dentro
e uma cadeira para descansar.
POEMA 4
Uma constatação:
apesar de tudo
a vida é bela,
vale muito a pena,
alguém precisa de mim.
POEMA 5
Inédito:
um triste americano,
alto e robusto como
um carvalho do Norte,
sentado a uma mesa,
come uma francesinha
bebendo leite.
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