Collado
FINITO
O dia morre no horizonte,
bem cansado, escurecido,
vai olhando a lua
iluminando os sonhos
e as vozes adormecidas.
O fio de calor
que sai da chávena
aconchega a noite,
aquece as mãos doridas
de tanto que descascaram fruta
para fazer marmelada.
Esquecida a correria do dia,
as horas de trabalho suado,
coloco no cabelo solto,
a fita de cinza prateada.
A cabeça leve, leve,
tomba sobre o sofá
e toma conta finalmente
do meu desenfreado destino.
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