Anabela Mendes da Silva
MEMÓRIAS DE INFÂNCIA
Às vezes perseguíamos sapos
para ouvir o seu coaxar
grave e misterioso.
Limpávamos o nevoeiro
das framboesas
e pintávamos as mesas de vermelho.
À noite ouvíamos o trote
de cavalos brancos
galopando contra o medo
enquanto bebíamos chá de limonete
e devorávamos talhadas de marmelada.
Horas de infância fixadas na névoa
melhor era esse mundo
do que o que nos esperava.
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