José Gonçalez Collado
AS POMBAS
As pombas
pintadas de tom cinza,
nas suas casas de árvore,
resguardadas,
esperam que a chuva amaine
para poder contra o sol
bater as asas.
Sentada no café,
a temperatura amena,
não sei se quero ser eu
ou o bando de aves
com liberdade plena.
Estar, partir,
conforme a estação do ano.
Rolo a caneta
no tampo da mesa,
mordo o croissant
demasiado amanteigado.
O dia a ficar com sentido,
um poema novo
vestido de Primavera,
morangos lavados
ao lado.
Sem comentários:
Enviar um comentário