José González Collado
DO NORTE
Eu sou do Norte,
lá onde a bruma
é mais fria,
as mãos mais calejadas,
o clima mais duro!
Não estou acocorada
à espera que me tragam
dado,
o pão que amasso
em suor!
Vou à luta,
acordo cedo,
ligo a turbina mecânica,
ponho a fábrica
a laborar!
Entro no barco de pesca,
de arrastão,
distribuo refeições
a um povo esfomeado!
Limpo as ruas,
as valetas,
sirvo café a ferver,
ajudo outros
que estão a trabalhar!
É pena contar tostões
enquanto alguns
figurões
por mal nos governarem
enchem os bolsos de
milhões!
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